Este é um conceito eclético. Onde o produto é a estrela. Um conceito que mistura peças de design exclusivas, com a curadoria de peças já existentes. Um conceito que transmite casa, conforto, alegria, funcionalidade e design.
Sempre a pensar nos mercados e no que eles representam. Em 2010, a ideia foi criar uma marca inovadora, que nos levasse a sentir a cidade ou país onde estamos ou moramos, a encontrar a azáfama do mercado local onde espreita a mística, a mistura do pobre com o rico. Porque é no mercado, que as misturas sociais acontecem, sem preconceitos. O cesto surge como símbolo porque em todas as casas vive um cesto. Não interessa de onde somos ou como vivemos.
Aqui, a loja é o produto e o produto a loja. No Porto a loja foi um culminar de experiências que se juntaram ao longo dos anos. Num edifício pensado e criado de raiz, com uma área de implantação de 10.000m2, estruturado para acolher um conceito único, são dois pisos de estacionamento em cave, um piso continuo de loja e um superior de escritórios. O edifício, revestido por placas de betão branco de grandes dimensões, tenta intervir o menos possível com o meio envolvente, a sua identidade e horizontalidade inspira-se na arquitetura Portuguesa.
Das paredes, as placas transformam-se em lajetas e são usadas no paisagismo, resolvendo as escadas, permitindo o acesso à loja, unificando o interior e o exterior. As árvores complementam o perímetro, que se quer de natureza.
No Kinda Home a ideia é desafiar as pessoas a tornarem a sua casa diferente. A personalizarem o seu espaço. A inspirarem-se, a contarem a sua própria história através da sua casa. Na entrada, o vão aberto é generoso. Os pés direitos tornam-se essenciais para expor em altura, oferecendo a sensação de ar livre. É de grandiosidade que falamos. De zonas imponentes, onde passamos de espaços pequenos com pés direitos mais controlados, para pés direitos enormes, consoante o produto que apresentamos.
Numa loja que vive do produto, cada vez que as coleções mudam, a loja também se transforma. Os espaços são mais ou menos permeáveis, tornando todo o ambiente mutável. Nas primeiras lojas em África, a sensação de liberdade foi levada ao máximo com um percurso livre, sem barreiras. Em Portugal, deu-se uma reinterpretação do conceito. O percurso foi criado seguindo o racional de um museu. Os produtos são expostos, por vezes como obras de arte, outras para oferecer diferentes perspetivas. Uma experiência de compra diferente, que nos leva a imaginar e a criar.
Este é um edifício pensado ao ínfimo pormenor, englobado num projeto mais vasto que contempla também o conceito e o design das coleções. Um edifício que responde a um apelo: uma casa para o Kinda Home.