An African Penthouse . Angola . Africa

Este foi o solo que deu origem à vida. A raiz de tudo. Continente mãe, com paisagens de cortar a respiração, uma vida selvagem única e tradições riquíssimas.
Encontramos tudo isto, mas com uma modernidade luxuosa. Uma mistura entre o passado embebido em cultura e natureza e o futuro que oferece criatividade e sofisticação. Afinal, foi neste continente que o ser humano deu início à sua existência.

Nesta penthouse sente-se o luxo nos detalhes, na escolha das matérias-primas, na seleção das texturas. Os tons traduzem o sol tostado do final do dia, quando desce sobre as águas. Esse filtro natural que oferece uma sensação de estarmos a viver um sonho. Toda a casa é uma convergência de riquezas naturais. As cores que a terra oferece, as frutas, o ouro, a cor do petróleo que pinta as portas e claro, os animais da selva, que podemos quase ouvir.

É no oscilar entre a tradição e a modernidade, que os brancos se misturam com os tons terra. Que os dourados se encostam aos padrões animais ou que os lacados se deixam envolver pelos veludos. E, sem estarmos à espera, é a peça do artista Pedro Calapez, com vinte elementos, que nos lembra um fluxo de memórias.

A chita fora de escala é um revisitar da savana, contrapondo a sua velocidade com o descanso que se vive nesta sala. Os espaços da casa são verdadeiras descobertas, surpresas que se escondem em detalhes pensados, como o cadeirão do século XVIII vestido com os panos de antigas vestes indígenas. Uma viagem pela riqueza natural que habita em todo o continente e nos lembra que estamos em África.

Sente-se um compromisso com a cultura local. As imagens de grandes dimensões de colares indígenas são mais um exemplo disso, recordando tribos e comunidades tradicionais. Mas também as coleções de pentes de osso, feitos em África, que ocupam as paredes do lavabo social. Neste espaço, é na bacia manufaturada em alpaca, rematada com elementos em osso, que o nosso olhar pousa.

Na suite principal, os brancos sentem-se nos lençóis, mas também nas peças de coral. Os vidros ofuscam a luz, o tom prata estimula a energia e as peças em osso e os tons terra voltam-nos a lembrar onde estamos. É através deste percurso polvilhado com branco, que os espaços se interligam. Esta sensação de divindade, de desapego propositado. A ideia de otimismo, de transcendência.

E, quando menos esperamos, a viagem leva-nos ao exterior. Quase como se estivéssemos no convés, a viajar num navio. Aqui, mais uma vez, a riqueza está nos detalhes. O inesperado das cadeiras em dourado contrapondo-se aos brancos, as taças de coco rematadas com este tom tostado do ouro. Este luxo que nos faz sonhar com um pôr do sol quente.

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